Para guiar os cooperativistas ao redor do mundo, foram estabelecidos os Sete Princípios do Cooperativismo. São os mesmos desde que foi fundada a primeira cooperativa da história, em 1844.



  1. Adesão Voluntária e Livre
As cooperativas são abertas para todas as pessoas que queiram participar, que estejam alinhadas ao seu objetivo econômico e dispostas a assumir suas responsabilidades como membros. Não existe qualquer discriminação por sexo, raça, classe, crença ou ideologia.  


  1. Gestão Democrática
As cooperativas são organizações democráticas controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação de suas políticas e na tomada de decisões. Os representantes oficiais são eleitos por todo o grupo. 


  1. Participação Econômica dos Membros
Em uma cooperativa, os membros contribuem equitativamente para o capital da organização. Parte do montante é, normalmente, propriedade comum da cooperativa, e os membros recebem remuneração limitada ao capital integralizado, quando há. Os excedentes da cooperativa podem ser destinados às seguintes finalidades: benefícios aos membros, apoio a outras atividades aprovadas pelos cooperados ou para o desenvolvimento da própria cooperativa. Tudo sempre decidido democraticamente.  


  1. Autonomia e Independência
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas por seus membros, e nada deve mudar isso. Se uma cooperativa firmar acordos com outras organizações, públicas ou privadas, deve fazer em condições de assegurar o controle democrático pelos membros e a sua autonomia.


  1. Educação, Formação e Informação   
Ser cooperativista é se comprometer com o futuro dos cooperados, do movimento e das comunidades. As cooperativas promovem a educação e a formação para que seus membros e trabalhadores possam contribuir para o desenvolvimento dos negócios e, consequentemente, dos lugares onde estão presentes. Além disso, oferece informações para o público em geral, sobre a natureza e vantagens do cooperativismo.  


  1. Intercooperação
Cooperar é trabalhar em conjunto. É assim, atuando juntas, que as cooperativas dão mais força ao movimento e servem de forma mais eficaz aos cooperados. Sejam unidas em estruturas locais, regionais, nacionais ou até mesmo internacionais, o objetivo é sempre se unir em torno de um bem comum.  


  1. Interesse pela Comunidade
Contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades é algo natural ao cooperativismo. As cooperativas fazem isso por meio de políticas aprovadas pelos membros.
  


Os Três Tipos de Sociedades Cooperativas
 

As cooperativas variam de acordo com a dimensão e os objetivos da organização. Conheça as formas de classificação:
   

1º Grau

Singular

Uma cooperativa para pessoas. Tem o objetivo de prestar serviços diretos aos associados. É formada por, no mínimo, 20 cooperados, sendo permitida a admissão de pessoa jurídicas, desde que não operem no mesmo campo econômico da cooperativa (exceção das cooperativas abrangidas pela Lei 12.690/2012, que exige um mínimo de 7 cooperados para a formação de uma cooperativa).
  

2º Grau

Central ou Federação

Uma cooperativa para cooperativas. Seu objetivo é organizar em comum e em maior escala os serviços das filiadas. É constituída por, no mínimo, três cooperativas singulares.
   

3º Grau

Confederação

Uma cooperativa para federações. Assim como as cooperativas de 2º grau, têm o objetivo de organizar em comum e em maior escala os serviços das filiadas. A diferença é que as confederações são formadas por, no mínimo, três cooperativas centrais ou federações de qualquer segmento.
 

Valores do Cooperativismo
 

Não existe cooperativismo sem o compartilhamento de ideias. Ser cooperativista é acreditar que ninguém perde quando todo mundo ganha; é buscar benefícios próprios enquanto contribui para o todo; é se basear em valores de solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade. O cooperativismo tem um jeito único de trabalhar.

Os conceitos que dão identidade ao cooperativismo são:  
  

Cooperação

O cooperativismo substitui a relação emprego-salário pela relação trabalho-renda. Em uma cooperativa, o que tem mais valor são as pessoas e quem dita as regras é o grupo. Todos constroem e ganham juntos.


Transformação

Ser cooperativista é querer impactar não só a própria realidade, mas também a da comunidade e a do mundo. É espalhar sonhos e mostrar que é possível alcançá-los sem deixar ninguém para trás.


Equilíbrio

Ser cooperativista é acreditar que é possível colocar do mesmo lado o que, à primeira vista, parece oposto: o econômico e o social, o individual e o coletivo, a produtividade e a sustentabilidade.